Da cidade à serra: Covilhã em movimento

No interior de Portugal, a Covilhã revela-se uma cidade cheia de descobertas. Entre ruas estreitas, edifícios históricos e intervenções de arte urbana, cada passo conta histórias de exploradores, industriais e artistas que moldaram a região. Mais do que uma simples passagem para a Serra da Estrela, a cidade reserva experiências únicas, do património cultural às rotas que atravessam o centro e a paisagem envolvente.

Um Centro Histórico que conta histórias

Comece a visita pelo Centro Histórico, onde cada rua parece guardar segredos do passado. O roteiro de arte urbana transforma a cidade num museu a céu aberto, com murais que homenageiam a antiga indústria da lã e dão visibilidade a artistas contemporâneos. Uma pausa num café local permite provar delícias típicas, como o pastel de molho ou uma sandes de queijo da serra, enquanto observa o movimento da cidade.

_{Imagens: Rota Portas do Sol e Caminho do Xisto de Sobral de São Miguel, Visit Covilhã}

Entre os pontos imperdíveis estão a Praça do Município, com a estátua de Pêro da Covilhã e o painel de granito que ilustra suas viagens, e a Igreja de Santa Maria Maior, impressionante pela arquitetura neobarroca e pelo retábulo rococó. Para vistas panorâmicas, o Miradouro Portas do Sol e o Miradouro Marquês d’Ávila e Bolama dão perspetivas inesquecíveis sobre a cidade e a Cova da Beira.

_{Imagens: Miradouro Portas do Sol e Miradouro Marquês d’Ávila e Bolama, Visit Covilhã}

Museus e património cultural

A Covilhã orgulha-se de um património cultural diversificado. O Museu da Covilhã, num edifício histórico projetado por Ernesto Korrodi, guia o visitante numa viagem pela história da cidade, desde os primeiros habitantes até à contemporaneidade. Já o Museu de Arte Sacra destaca-se por peças emblemáticas, como o Relicário do Santo Lenho, reunindo séculos de tradição religiosa e artística.

_{Imagens: Museu da Covilhã e Museu de Arte Sacra, Visit Covilhã}

O Museu de Lanifícios e o New Hand Lab mostram outro lado da cidade: o industrial e criativo. No primeiro, é possível conhecer a história da indústria têxtil que marcou a Covilhã; no segundo, uma antiga fábrica de lanifícios transformou-se num centro de inovação e cultura, com artistas locais e experiências interativas.

_{Imagens: Museu de Lanifícios e New Hand Lab, Visit Covilhã}

Rotas e percursos: entre história e natureza

Para os amantes de caminhadas, a Covilhã tem percursos que combinam história, cultura e natureza. A Rota Portas do Sol, com realidade aumentada, permite descobrir 35 pontos de interesse, de igrejas a edifícios históricos, acompanhados por personagens históricas virtuais que narram a história da cidade. A Rota da Arte Urbana transforma o centro histórico num espaço vivo de intervenção artística, destacando o WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã, o primeiro evento deste tipo no interior do país. A última edição teve lugar entre 21 e 29 de junho de 2025.

_{Imagens: Rota Portas do Sol e Rota da Arte Urbana, Visit Covilhã}

Nos arredores, percursos como o Caminho do Xisto de Sobral de São Miguel (8 km) e a Rota das Cerejeiras (8,4 km) revelam paisagens rurais, cascatas e pomares, com a Serra da Estrela sempre ao fundo. Cada rota mostra experiências diferentes, do património natural às tradições agrícolas e históricas da região.

_{Imagens: Caminho do Xisto de Sobral de São Miguel, Rafael Romano; Rota das Cerejeiras, Beira.pt}

Onde ficar: experiências que ficam na memória

Para completar a visita, a Quinta do Limite Agroturismo, em Peraboa, surge como um refúgio de charme em contacto direto com a natureza. Com suites confortáveis, casa T2 independente, piscina de água salgada e um grande terraço com miradouro, o alojamento permite viver experiências rurais autênticas: colher frutas frescas, explorar trilhos pela floresta, alimentar animais ou simplesmente desfrutar da tranquilidade. A quinta estende-se por 30 hectares, entre cerejeiras e áreas de floresta, criando o cenário perfeito para momentos de descanso e contemplação.