Herdade da Malhadinha Nova

Conta-me uma história de encantar.
Uma que tenha sabores de azul e amarelo torrado, daqueles que pintam uma tarde infinita onde o tempo se esqueceu de nós e o pôr-do-Sol nunca mais acaba. Uma que tenha sabores às manhãs frescas de Outono, a terra molhada, a brisa longínqua que chega num abraço à lareira e gargalhadas à solta nos ramos de um sobreiro.
Uma onde me perca galopando pelo montado nas longas tardes de Verão, só para depois encontrar a fiada de vinha que me traz de volta, a passo, à frescura das águas da ribeira de Terges. Onde a história se liga com o presente, criando novas páginas de um legado que atravessará os anos vindouros. Onde as casas brotam em harmonia com a terra e se confundem com a paisagem.
Conta-me como lá chego e de como não vou querer sair. Como vou ser raiz e água, sol e vento, ter asas para voar com as garças, andorinhas e pardais, de como vou conhecer esse Alentejo profundo, entre montes e planícies de tons cálidos, vinhas de castanhos e verdes descontraídos, terminando num copo repousado na minha mão.
Onde as cores invadem as salas, os quartos e as paredes, o chão nos faz lembrar que pertencemos ali, àquela terra doce e fraterna. Onde os telhados sejam apenas um breve manto entre nós e o mais brilhante firmamento, pairando sobre todos os sonhos. Só por breves momentos. Depois abro os olhos e sinto a terra entre os dedos e o doce acordar das nuvens tímidas penduradas no céu.
Conta-me como é o sabor a Alentejo, as fragrâncias e macios toques delicados de uva e crinas de cavalo. Como se guardam os acordes da planície nas teclas de um piano, no canto das cigarras ou no vento soprando as searas douradas. Lembra-me de como posso suster o ar e de não o largar, só para poder trazer essa planície toda num sopro só.
Conta-me o que perdi, só porque fechei os olhos por dois instantes. Diz-me que nada mudou, que as folhas não se mexeram, a ribeira não correu, os pássaros ficaram quietos, que não adormeci, mas sim que acordei no mesmo lugar de onde esse imenso Alentejo não me deixou sair.
Conta-me uma história de embalar, uma que seja de verdade, que caiba num abraço, ou num copo meio cheio, num sorriso tão grande como um monte ou uma estrada sem destino. Numa mesa cheia de amizades por fazer, num alpendre à beira de água e onde o azul do céu não se arrepende de nos visitar.
Conta-me como existe um sítio com muitos lugares dentro, um sonho que alguém tornou realidade, uma vontade que transbordou das extremas e nos inundou de paixão e vontade ficar.
Eu sei que, em sonhos eu já vi, garanto, há sempre um Alentejo inteiro que cabe num abraço ou nas redondas paredes de um copo, nunca vazio, claro!O sonho e a paixão
Era uma vez … Porque todas as histórias começam por uma vez … uma família.
Em 1998, a família Soares, João, Paulo, Rita, João e Maria Antónia, juntos, foram em busca de um sonho. E de uma paixão. Um sonho de espaço e de tempo. Uma paixão pela natureza e pelos produtos que dela retiramos. Respeitando-a.
Colocaram as mãos na terra. Sentiram o solo. Deram uma nova vida à Herdade da Malhadinha Nova, localizada em Albernoa, no coração do Baixo Alentejo.
Motivados pelo sonho e pela paixão, transformaram aquele imenso espaço parado no tempo numa montra de produção de produtos genuinamente alentejanos de elevada qualidade.
Ao vinho juntaram a criação de animais de raça autóctones em total harmonia com a Natureza e rigoroso regime de proteção com denominação de origem protegida (DOP).
O Espaço e o Tempo
O infinito. O espaço que não tem fim. O tempo que não se ouve, nem parece caminhar. A história que recua a tempos imemoriais e a que se escreve para a frente. O silêncio. O vento que sopra de terra e de mar, da planície e da serra. As paisagens quentes e reconfortantes. Únicas.
É neste quadro que emerge a Herdade da Malhadinha Nova. Dentro e fora de portas, o novo e o velho Alentejo coexistem em cada recanto. As tradições casam com a contemporaneidade, a simplicidade com o mais puro dos requintes.
Um local diferente e distinto. Para ser sentido, vivido e partilhado.
Mais que um “Conto de Fadas”, é uma realidade que vai muito além da imaginação.Alojamento: Em cada canto, um recanto
Recuperados e renascidos a partir de ruínas existentes, distintos tipos de alojamentos surgem salpicados em vários recantos desta imensa terra. O tempo, a natureza, a genuinidade e autenticidade servem de denominador comum.
Tal como um artesão que manuseia a sua peça, cada um é desenhado de forma diferenciada. Inspirados nas tradições e nos materiais que a natureza oferece, cada qual retrata um singular capítulo da história da Herdade da Malhadinha Nova.
Integrados em perfeita harmonia com a paisagem bucólica, por contraste, no interior, tropeçamos com a modernidade e singularidade da decoração.
Rodeada de vinhedos foi na Herdade da Malhadinha Nova Country House & Spa, atual Malhadinha, que tudo começou. No coração da Herdade, respira-se a ruralidade da casa original, mesclada com os toques exclusivos do design contemporâneo.
Minimalismo. Seja na construção ou na decoração é a palavra-chave de uma arquitetura contemporânea que é uma extensão da natureza na qual se ergue. A Casa das Pedras emerge entre a vinha e abraça um curso de água, batizado de Ribeira de Terges.
O pavimento em terra cota, feito pela mão do Mestre de Beringel, a partir do solo argiloso, é o exemplo do respeito pelas tradições. Uma joia da coroa que confere singularidade à Casa do Ancoradouro, unidade de charme situada na Herdade com o mesmo nome. Com os vinhedos como ilustres vizinhos é banhada pela ribeira que, em tempos imemoriais, foi navegável.
A Ribeira de Terges, afluente do Rio Guadiana, serve igualmente de inspiração a um conceito de Villas – Casa da Ribeira. Os tons azuis do leito de água entram portas dentro dando cor à preservada traça arquitetónica alentejana.
Casa das Artes e Ofícios presta um tributo a todos os que trabalham artesanalmente as matérias-primas, da argila ao buinho. As artes são o sangue que alimenta as duas casas. Exposições e workshops, comercialização de peças e convívio com os autores, pintam o restante quadro-vivo.
Por fim, num salto até à vila de Albernoa, até à Venda Grande. Onde outrora se comercializava alimentos vários e produtos de drogaria, chapéus ou serviços de mesa, é hoje uma habitação única. No seu interior permanecem incólumes alguns dos elementos originais.
Vinhas: Um terroir desenhado à mão
35 hectares de vinha nascem por entre suaves encostas num solo xistoso e drenado. Castas autóctones e indígenas são plantadas ao lado de outras de origem distinta perfeitamente adaptadas à geografia e às características da paisagem alentejana. Um casamento que confere unicidade aos vinhos da HMN.
Uvas tintas: Touriga Nacional, Tinta Miúda, Trincadeira, Aragonês, Alicante Boushet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Baga.
Uvas Brancas: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Chardonnay, Verdelho, Viognier, Petit Manseng e Alvarinho.
Abraçando uma identidade singular, os rótulos nascem da imaginação das gerações mais novas da família Soares. Personalizados e desenhados à mão refletem a personalidade de quem vive as vinhas e o vinho de forma peculiar.
No diálogo constante e profícuo com a natureza e o meio ambiente, os MicroBioWines são o passo natural na sustentabilidade ambiental.
A Adega: A alma inclinada sobre a vinha
As uvas viajam à mão em cestos de 12 kg até à adega. Inaugurada em 2003, faz uma vénia à vinha. Estende-lhe a mão, tamanha é a proximidade. Incrustada em terreno desnivelado, retira partido da natural gravidade. No lagar, o pé humano esmaga a uva pelo método tradicional. Em simultâneo, caminha ao lado e em simultâneo com os mais modernos processos de vinificação.
O repouso é feito em caves de barrica, parte delas de carvalho francês. Luís Duarte, enólogo consultor e Nuno Gonzalez, enólogo residente, são os homens por detrás do vinho.
Agricultura: Respeito pelo que a natureza nos dá.
O silêncio poderoso da natureza é o som predominante, interrompido, aqui e acolá, pelos diálogos dos animais ou pelo nascimento de uma nova planta.
No espaço, no imenso espaço da planície alentejana, a ação do Homem está infinitamente reduzida.
No montado, a vaca alentejana e o porco preto vivem em total liberdade no meio natural que os rodeia. As bolotas, as pastagens e tudo o que a natureza proporciona é alimentação destas duas espécies autóctones.
Do Olival plantado nos anos 40 do século XX, a azeitona galega é totalmente colhida à mão, levando para a mesa a pureza de um azeite centenário.

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00351 284 965 432 / 429

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Site

https://www.malhadinhanova.pt/pt/

Preços

Preços a partir de 400€ por noite para duas pessoas em quarto duplo com pequeno-almoço incluído.

Mais informação

Minimalista, intemporal e imersivo. Estes são alguns dos adjetivos que definem o novo espaço wellness da Herdade da Malhadinha Nova, desenhado pelo ateliê Aires Mateus e com tratamentos faciais exclusivos no Alentejo, da marca açoriana IGNAE. O novo spa marca mais um momento de viragem neste projeto familiar com mais de duas décadas, que nos últimos anos tem feito um percurso sem paralelo na hotelaria do luxo sustentável. A evolução deste espaço era uma prioridade do projeto, que procurou, em conjunto com Aires Mateus, desenhar um local de profunda relação com a natureza. O M Wellness Spa escava diferentes atmosferas, num percurso em que interior e exterior se fundem, celebrando a paisagem vinícola que o circunda. Este é apenas o primeiro espaço sob o conceito de bem-estar e a marca “M Wellness Spa” que estão a ser desenvolvidos em conjunto com o ateliê e com os restantes parceiros.

Localização

00351 284 965 432 / 429

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Herdade da Malhadinha Nova

7800-601 Albernoa-Beja

Albernoa

GPS 37.830722, -7.989142